Num vilarejo do sertão mineiro, Zizinha assiste ao nascimento da irmã, Ana. O desafeto já norteia o caminho das duas desde o primeiro olhar de Zizinha para a recém-nascida. Com o passar dos anos o que era simplesmente ciúme transforma-se em ódio.
O motivo de toda a discórdia, nessa nova fase da vida das irmãs, não é mais a disputa pelo amor paterno, e sim o desejo ardente e doentio de Zizinha por João Andorinha, o par e grande amor de sua irmã.
Num trato de conseqüências cegas e dolorosas, Zizinha pede que a Morte, sujeito traiçoeiro e manipulador, leve a irmã em troca de sua “pureza”. Trato feito! O recanto nunca mais será o mesmo...
A peça de Fred Mayrink que também assina a direção, que digamos foi belamente executada por ele, com cenas comuns sendo potencializadas por suas idéias de entradas e saídas, soluções arrojadas de cenários e trocas de cenas.
O elenco espetacular muito bem preparado de cantores muito bem reparados salvo a substituição do protagonista que não tinha grande potencia vocal o que deixava o musical um pouco cinza, por apresentar uma necessidade básica de formas mais viscerais, se o objetivo era emocionar o público com essa história de amor o intento do espetáculo não foi alcançado, porém se o objetivo maior era primar pelas formas apresentadas parabéns foi ótimo.
Nívea Stelmann apresenta um trabalho apenas correto, pois, seu personagem não lhe oferece maiores possibilidades e também a atriz não canta o que perde um pouco o encanto musical.
Não podemos esquecer-nos das belas interpretações de Camila Caputti e Cláudio Galvan, ambos perfeitos.