domingo, 29 de novembro de 2009

Crítica - Um lugar chamado recanto.

Mais que um simples recanto de mundo, a história se passa num cenário de amor, marcado pela traição, pelo egoísmo e pelo arrependimento.


Num vilarejo do sertão mineiro, Zizinha assiste ao nascimento da irmã, Ana. O desafeto já norteia o caminho das duas desde o primeiro olhar de Zizinha para a recém-nascida. Com o passar dos anos o que era simplesmente ciúme transforma-se em ódio.

O motivo de toda a discórdia, nessa nova fase da vida das irmãs, não é mais a disputa pelo amor paterno, e sim o desejo ardente e doentio de Zizinha por João Andorinha, o par e grande amor de sua irmã.

Num trato de conseqüências cegas e dolorosas, Zizinha pede que a Morte, sujeito traiçoeiro e manipulador, leve a irmã em troca de sua “pureza”. Trato feito! O recanto nunca mais será o mesmo...

A peça de Fred Mayrink que também assina a direção, que digamos foi belamente executada por ele, com cenas comuns sendo potencializadas por suas idéias de entradas e saídas, soluções arrojadas de cenários e trocas de cenas.
O elenco espetacular muito bem preparado de cantores muito bem reparados salvo a substituição do protagonista que não tinha grande potencia vocal o que deixava o musical um pouco cinza, por apresentar uma necessidade básica de formas mais viscerais, se o objetivo era emocionar o público com essa história de amor o intento do espetáculo não foi alcançado, porém se o objetivo maior era primar pelas formas apresentadas parabéns foi ótimo.

Nívea Stelmann apresenta um trabalho apenas correto, pois, seu personagem não lhe oferece maiores possibilidades e também a atriz não canta o que perde um pouco o encanto musical.

Não podemos esquecer-nos das belas interpretações de Camila Caputti e Cláudio Galvan, ambos perfeitos.

Cenário, figurinos e iluminação estão todos ligados e muito bem feitos e o principal tudo tem um propósito em cena o que enriqueceu ainda mais a direção de Mayrink, devemos citar os tropeços das músicas algumas não são muito boas e não fecham com o tom dos atores principalmente os homens. Mas de uma forma geral o espetáculo é belo e um pouco previsível.

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